Senado aprova voto repúdio a racistas e à La Liga

Os senadores brasileiros aprovaram nesta terça-feira (23) um voto de repúdio aos torcedores racistas do Valencia que ofenderam o atacante do Real Madrid, Vini. Jr, e ao presidente da La Liga, Javier Tebas, pela sua omissão aos dez ataques sofridos pelo brasileiro. O ato foi um pedido da senadora Leila Barros (PDT-DF) e ex-atleta olímpica e agora será encaminhado à FIFA, à La Liga, ao jogador brasileiro e à Real Federação Espanhola de Futebol.

“O Senado brasileiro manda um recado muito claro em nome de todo Brasil, que ficou indignado com o racismo explícito. Nós brasileiros não aceitamos mais assistir aquelas barbaridades contra mais ninguém por conta da cor da sua pele. Repudiamos veementemente o racismo!”, defendeu a senadora. “Que este lamentável fato sirva como um marco para uma necessária mudança no futebol daquele país e do mundo.”

Em outubro de 2021, torcedores do Barcelona insultaram Vini Jr. enquanto ele estava sendo substituído. Torcedores do Mallorca mandaram Vini pegar bananas em março de 2022. Na oportunidade, o atacante foi decisivo. Marcou um gol e sofreu um pênalti. A #BailaVini surgiu em setembro de 2022, após comentaristas esportivos falarem que ele devia “parar de fazer macaquice” se referindo às danças do brasileiro após seus gols.

Já em dezembro de 2022, o inadmissível ataque racista ocorreu em Valladolid. Em janeiro de 2023, torcedores do Atlético de Madrid “enforcaram” um boneco que usava a camisa de Vini Jr. As autoridades apenas emitiram notas. Nesta terça-feira, a polícia espanhola prendeu quatro suspeitos de praticarem o ato covarde e criminoso.

Em Mallorca, também em janeiro de 2023, o atleta foi novamente chamado de macaco. Dois meses depois, novamente no EI Clássico, houve mais ataques racistas. Em comunicado a La Liga tratou a situação como “comportamento racista intolerável”. O último dos ataques foi em Valência neste domingo. O jogador brasileiro ainda ganhou um cartão vermelho após o ocorrido.