A senadora Leila Barros (PSB-DF) apresentou ao Ministério Público do Trabalho e ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios as preocupações de professores da rede pública do DF com o retorno das aulas presenciais. Os servidores da educação apontam excesso de burocracia para comprovar que possuem comorbidades e também estão preocupados com a saúde dos seus familiares que fazem parte do grupo de risco. Nesses casos, eles defendem que os profissionais permaneçam trabalhando de forma remota.
No documento encaminhado ao MPT e MPDFT, Leila também destaca que tem recebido questionamentos sobre a falta de testes para covid-19. Nas redes sociais, a primeira senadora do Distrito Federal ponderou que se o GDF optou por relaxar as medidas de isolamento é necessário garantir a segurança dos alunos, profissionais da educação e seus familiares.
A senadora Leila foi procurada pelos servidores na quinta-feira (23), quando o Senado Federal votou a Medida Provisória 934/2020 que, entre outras medidas, garante aos estudantes com comorbidades ou que convivem com pessoas do grupo de risco a permanecer assistindo aulas online após a retomada das atividades escolares. Como não havia mais prazo para apresentar emendas, a parlamentar não pode incluir o tema no debate, mas destacou na sessão a preocupação com a saúde desses profissionais e seus familiares.
“Infelizmente essa demanda chegou nos prazos vencidos. Nós temos agora que cobrar dos gestores estaduais, municipais e distritais esse carinho não só com o retorno dos nossos alunos e com suas famílias, mas também dos profissionais da educação, sendo que muitos deles estão no grupo de risco, com muitas dificuldades e enfrentando essa burocracia”, afirmou Leila.