Na retomada dos trabalhos semi-presenciais do Congresso Nacional, os senadores elegeram, nesta terça-feira (23), os presidentes e vice-presidentes das comissões temáticas permanentes do Senado. A senadora Leila Barros assumirá a vice-presidência da Comissão de Educação, Cultura e Esporte. Ela conduzirá os trabalhos ao lado do presidente, senador Marcelo Castro.
Em discurso após a eleição, a vice-presidente ressaltou que a educação foi muito comprometida por conta da pandemia. Segundo Leila, a comissão terá grandes desafios nos próximos dois anos. “Encaramos os piores índices de investimentos na educação nessa última década. Os jovens, as crianças e todos os brasileiros esperam uma resposta dessa Casa e principalmente dessa comissão, em uma pauta que deveria ser prioritária.”
Leila tambem manifestou preocupação com a minuta da proposta que extingue os valores mínimos a serem investidos em educação e saúde. “É um retrocesso tal proposta. Ela afeta diretamente o Fundeb, que foi aprovado pelo Congresso Nacional no ano passado. Temos 70 milhões de brasileiros sem acesso ao ensino básico e o Fundeb é responsável por pelo menos metade do orçamento disponível para gastar por aluno a cada ano em mais de 85% dos municípios brasileiros”, alertou.
A parlamentar do Distrito Federal também afirmou que o futuro dos jovens e, consequentemente, do Brasil passa pela comissão que analisará propostas que competem a normas gerais sobre educação, cultura, ensino e desportos, instituições educativas e culturais, diretrizes e bases da educação nacional, diversão e espetáculos públicos, criações artísticas, datas comemorativas e homenagens cívicas, formação e aperfeiçoamento de recursos humanos entre outros assuntos correlatos.
O presidente Marcelo Castro ressaltou que a educação brasileira tem muitas carências, gerando grande volume de trabalho para a comissão. O senador destacou que o país não é bem classificado em rankings internacionais de desenvolvimento. “O Brasil infelizmente é um dos países que ficaram pra trás na evolução. Um dos grandes motivos, segundo um consenso de estudiosos, é porque o país nunca teve uma educação de massa de qualidade. Até poucos anos a gente ostentava índices de analfabetismo muito altos”, disse.
Castro também lembrou que o colegiado praticamente não funcionou em 2020 por conta da pandemia de covid-19. E informou que neste ano a CE terá que conciliar suas reuniões com as de outras comissões, já que o Senado só tem dois plenários de comissões que funcionam remotamente.
Com informações da Agência Senado