Leila cobra mais ação do GDF no combate à dengue

A explosão dos casos de dengue no Distrito Federal foi debatida em sessão do Senado Federal nesta terça-feira (6). Parlamentares da capital e do estado de Goiás criticaram a gestão do Governo do Distrito Federal. A senadora Leila Barros (PDT-DF) apontou a ineficiência das políticas de prevenção e conscientização da população sobre as doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegypti.

“Todo verão o Brasil lida com um aumento da dengue. Mas essa explosão de casos de dengue que tivemos é reflexo de um governo que não atuou de forma preventiva em relação a essa doença”, lamentou a parlamentar.

Senadora Leila barros

O Distrito Federal lidera as estatísiticas nacionais da incidência da doença a cada 100 mil habitantes. A Secretaria de Saúde do DF informou que 20% de todos os casos registrados no Brasil estão na capital. Dados do GDF apontam que, em todo ano de 2023, foram constatados 40.934 casos prováveis de dengue e nove mortes registradas em decorrência da doença. Em 2024, na primeira semana de fevereiro, ou seja, em pouco mais de um mês, já são 47,1 mil casos e 11 mortes. Em apenas 33 dias. A situação fez o governo decretar estado de emergência devido ao avanço da dengue.

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) também manifestou preocupação com a epidemia de dengue. Ele lembrou que milhares de goianos vão diariamente ao Distrito Federal trabalhar e estudar. “Brasília virou a capital da dengue. A saúde pública do DF está um lixo. Os hospitais começam a registrar falta de soro para atender a população. Todos os dias os servidores dessa Casa comunicam aos seus setores que estão com dengue”, apontou.

O senador Weverton Rocha (PDT-MA) fez um apelo aos governantes do DF e aos brasilienses. “É preciso um trabalho conjunto de conscientização. O governo e a população precisam fazer um mutirão para combater a doença. É muito triste em 2024 termos brasileiros e brasileiras morrendo por causa de picada de mosquito”, afirmou.

Vacina Qdenga para brasilienses

Diante de uma crescente crise na saúde pública do DF com o aumento expressivo de casos de dengue, a senadora Leila solicitou ao Ministério da Saúde que priorize a capital na distribuição das primeiras 750 mil doses da vacina Qdenga. O pedido foi prontamente atendido pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Corte de investimentos

Para Leila Barros, está claro que o governo do Distrito Federal conduziu errado a politica de prevenção às doenças transmitidas pelo aedes aegypti. A imprensa local noticiou que de 2022 para 2023, houve uma queda de aproximadamente R$ 10 milhões de investimento na prevenção das arboviroses, saindo de R$ 38 milhões para R$ 29,5 milhões.

Também foi notícia no Distrito Federal a demora para nomear agentes de saúde e vigilância. Os contratos encerrados no segundo semestre de 2023 não foram renovados. Apenas em 16 de janeiro de 2024, após a explosão dos casos, 75 agentes foram nomeados.