“Brasil busca liderança global no mercado de carbono”, afirma Leila Barros

No cenário de desafios ambientais, o Brasil está se posicionando como um protagonista na busca por soluções inovadoras e sustentáveis. Na luta contra o aquecimento global e seus impactos devastadores, o país tem uma vantagem única: sua vasta extensão de florestas, verdadeiras “fábricas” de ar limpo, capazes de absorver o carbono e liberar oxigênio.

O aumento das emissões de gases de efeito estufa tem desencadeado eventos climáticos extremos, como tempestades, secas prolongadas e desastres naturais, que têm ceifado a vida de milhares de pessoas ano após ano. Além disso, a poluição do ar, decorrente das emissões de carbono, contribui para problemas respiratórios e cardiovasculares, afetando a saúde da população.

No entanto, uma janela de oportunidade está se abrindo para o Brasil: o Mercado de Carbono. Esse sistema funciona como uma loja, na qual empresas poderão “comprar” e “vender” a capacidade de capturar gases de efeito estufa da atmosfera. Com uma imensidão de florestas, o país possui o potencial de se tornar líder nesse mercado emergente, contribuindo para um mundo mais limpo e sustentável e, ao mesmo tempo, impulsionando sua economia.

Estima-se que, até 2030, o Brasil pode atrair mais de US$ 100 bilhões por meio da regulamentação e exploração desse mercado promissor. Essa perspectiva tem motivado discussões no Senado Federal sobre a regulamentação do mercado de carbono. Nesta terça-feira (4), a presidente da Comissão de Meio Ambiente, senadora Leila Barros (PDT-DF), participou de uma reunião com o governo federal para tratar sobre esse sistema.

A parlamentar, que é relatora da proposição (PL 412/2022) que regulamenta o Mercado de Carbono no Brasil, esteve reunida com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, Rodrigo Rollemberg, e o chefe da Assessoria Especial de Assuntos Parlamentares e Federativos, Leandro de Borja Reis Cerqueira.

De acordo com Leila, a reunião foi uma etapa importante para alinhar as expectativas do governo em relação à regulamentação do Mercadod e Carbono. “Esse encontro demonstra que o Senado e o governo Federal têm o compromisso de buscar soluções inovadoras e sustentáveis para alinhar o desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente”, explicou Leila ao final da reunião

Ao viabilizar o mercado de carbono, o Brasil dá um passo significativo em direção a um meio ambiente mais saudável e sustentável. O país tem o potencial de se tornar uma potência global na área ambiental, promovendo ações concretas para mitigar as mudanças climáticas e liderando esforços para a transição para uma economia de baixo carbono.

Com suas vastas florestas tropicais, como a Amazônia, e outros ecossistemas ricos em biodiversidade, o país desempenha um papel crucial na absorção de dióxido de carbono e na redução das emissões globais. Ao regular o mercado de carbono, o Brasil não apenas fortalece sua posição como líder ambiental, mas também cria oportunidades econômicas significativas.

A venda de créditos de carbono pode gerar receitas substanciais para o país, impulsionando o desenvolvimento de projetos sustentáveis e a criação de empregos verdes. Além disso, a atração de investimentos no setor de economia verde pode impulsionar o crescimento econômico de forma sustentável.

É fundamental que o mercado de carbono seja estruturado de maneira a incentivar ações efetivas de redução de emissões e a preservação de ecossistemas valiosos. A criação de mecanismos de monitoramento e verificação robustos garantirá a integridade e a transparência do sistema, promovendo a confiança dos investidores e a credibilidade internacional do Brasil.

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