Os senadores aprovaram nesta quinta-feira (17) um projeto de resolução do Senado (PRS 52/2019) que cria a campanha “Junho Verde”. O objetivo da proposta é estabelecer uma agenda política de conscientização e engajamento social pela preservação do meio ambiente. O texto foi relatado pela senadora Leila Barros (PDT-DF) e apresentado por 35 parlamentares, tendo como primeiro signatário o presidente da CMA, senador Fabiano Contarato (Rede-ES).
De acordo com a proposta, o Senado deverá divulgar anualmente um calendário de atividades em favor da qualidade ambiental e da preservação dos recursos naturais. Além disso, durante o mês de junho, a cúpula da Casa deve ser iluminada com luzes de cor verde.
Ao apresentar o voto favorável ao projeto, a senadora Leila destacou que a campanha “Junho Verde” atende o anseio da sociedade em favor da qualidade ambiental das nossas cidades e da preservação dos nossos recursos naturais.
“A campanha “Junho Verde” é fundamental para unir o avanço da sociedade associado à proteção ambiental e sua conciliação com o desenvolvimento socioeconômico. É relevante e urgente a disseminação de práticas que promovam o bem-estar econômico e que, ao mesmo tempo, garantam o meio ambiente ecologicamente equilibrado e sadia qualidade de vida conforme determina nossa Constituição”, defendeu Leila.
A parlamentar do Distrito Federal também criticou o desmonte na política ambiental do País. Leila citou como exemplo o aumento significativo dos índices de desmatamento na Amazônia Legal que levou o País a deixar de receber recursos financeiros internacionais para preservação ambiental e a demora nas ações de resposta e remediação do derramamento de óleo nas praias do Nordeste e do Sudeste.
“Vivemos um momento crítico da governança ambiental brasileira. As consequências são inúmeras e atingem o coração das principais atividades econômicas. As queimadas que hoje observamos no Pantanal refletem essa fragilidade institucional ou, pior, o propósito deliberado de seu enfraquecimento, atestado pela queda abrupta no número de multas ambientais emitidas pelos órgãos federais competentes”, atestou a senadora.
O patrimônio natural do Brasil abriga cerca de 22% da biodiversidade global e 11% da água doce disponível para consumo na Terra. Esses recursos devem ser usados de forma racional para, dentre vários objetivos, assegurar proteção climática, manutenção dos regimes hidrológicos e o desenvolvimento sustentável de diversos setores econômicos.
Preservar toda essa riqueza natural é essencial para o desenvolvimento do Brasil e para a qualidade de vida de nossa população. Só somos uma potência agrícola mundial porque somos uma potência hídrica. Se não tivermos essa consciência podemos acabar destruindo nossa ‘galinha dos ovos de ouro’”, argumenta o senador Fabiano Contarato.