A senadora Leila participou nesta segunda-feira (16) de um reunião com administração da Universidade de Brasília (UnB). No encontro, a reitora Márcia Abrahão apresentou dados acadêmicos, orçamentários e de gestão da instituição e pediu apoio para contornar desafios relativos à liberdade para utilização dos recursos próprios e à autonomia universitária.
“A bancada do DF pode se orgulhar da UnB. Somos a 8ª melhor universidade do país segundo o THE, um dos mais respeitados rankings do mundo. Estamos na 5ª colocação entre as federais”, destacou ela, lembrando que a UnB teve grande destaque no indicador Citações, na comparação com a edição divulgada no ano passado. “Isso significa que o trabalho de nossos pesquisadores vem sendo cada vez mais citado em todo o mundo, em periódicos de alta qualidade”, explicou.
A senadora Leila manifestou solidariedade à UnB e à reitora Marcia. Ela se colocou à disposição para encontrar soluções para destravar o recurso contingenciado da instituição além de trabalhar pelas pautas de interesse das universidades no Poder Legislativo. “Enquanto não resolvermos de forma geral a situação, é importante mitigarmos erros pragmáticos. Estamos todos comprometidos com isso”, disse Leila Barros.
Também participaram da reunião o senador Izalci Lucas (PSDB), o deputado Professor Israel Batista (PV) e assessores de parlamentares federais. Pela UnB, além da reitora, estavam presentes o vice-reitor Enrique Huelva, decanos e gestores de diversas áreas. “Este é um momento importantíssimo para entendermos o que é uma universidade. Outros países investiram em ciência, tecnologia e educação para saírem da crise”, comentou o vice-reitor.
Ao falar das finanças, a reitora fez um retrospecto da situação nos últimos três anos, pontuando os ajustes feitos para adequar contratos de prestação de serviços à realidade orçamentária da instituição. Pediu apoio para o desbloqueio dos recursos previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA 2019) para a UnB, conforme aprovado pelo Congresso. Atualmente, cerca de 31% do orçamento discricionário na Fonte Tesouro permanece retido pelo governo.
“Estávamos poupando as unidades acadêmicas, mas não foi mais possível sustentar e, em agosto, determinamos o retorno de 30% do crédito orçamentário. Uma das diretoras comentou comigo não ter dinheiro sequer para trocar uma lâmpada”, relatou a reitora.
Márcia colocou a UnB à disposição e pediu apoio dos parlamentares em três assuntos estratégicos: a liberação dos recursos próprios dos limites impostos pelo teto orçamentário (há Propostas de Emendas à Constituição – PECs – tramitando a respeito desse assunto); o desbloqueio do orçamento de 2019 e garantia de recursos para 2020; e a regulamentação do artigo 207 da Constituição Federal.
“Não queremos soberania, mas sim exercer a autonomia universitária como prevista na Constituição, inclusive, no que diz respeito à escolha dos reitores”, ressaltou. Sobre a arrecadação própria, Márcia lembrou da PEC da deputada Luísa Canziani (PTB/PR), que, se aprovada, aproximaria as universidades federais do modelo adotado pelas estaduais paulistas (que podem usar todos os seus recursos próprios).