A senadora Leila Barros (PDT-DF) acionou a Procuradoria Geral da República para investigar os ataques homofóbicos sofridos pelo atleta de vôlei de praia Anderson Melo durante uma partida em Recife, pelo Circuito Brasileiro. O episódio, marcado por ofensas contínuas e a falta de intervenção imediata da partida, provocou indignação da parlamentar e chamou atenção para a persistência do preconceito e da intolerância no esporte.
A parlamentar brasiliense criticou a postura de entidades esportivas frente a ataques homofóbicos, destacando que “não podemos tolerar o intolerável”. Barros ressaltou a importância de ações concretas da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) além de notas de repúdio.
“O sistema esportivo segue fazendo vista grossa para ataques homofóbicos. Em pleno século 21, os atos de violência, preconceito e intolerância continuam a contaminar os espaços esportivos”, disse a parlamentar.
Senadora Leila
Referindo-se à Lei Geral do Esporte, sancionada em 2023, a senadora brasiliense enfatizou o trabalho conduzido por ela para garantir que o marco legal fosse a primeira legislação a explicitar a rejeição do Estado brasileiro aos atos homofóbicos. “Essa lei representa um compromisso com o combate à intolerância nos espaços esportivos e na sociedade como um todo, exigindo uma resposta adequada das autoridades e das entidades esportivas frente a atos discriminatórios”, avaliou Leila.
O ofício de Leila endereçado ao Ministério Público solicita que medidas cabíveis sejam adotadas no sentido de identificar e responsabilizar os agressores de Anderson Melo. Este movimento busca não apenas justiça para o atleta afetado, mas também um precedente contra intolerância em arenas esportivas, onde ofensas baseadas em orientação sexual ou cor da pele não devem encontrar espaço.
“É hora de agir para que esse tipo de crime não passe impune”, declarou Leila, que também expressou sua solidariedade a Anderson Melo, reconhecendo a coragem e a resiliência do atleta em enfrentar a adversidade sem abrir mão de sua paixão pelo vôlei.