A torre e a cúpula do Senado Federal receberão iluminação roxa, de 12 a 20 de agosto, em alusão ao Mês de Conscientização pelo Fim da Violência contra Mulher e ao aniversário de 15 anos da Lei Maria da Penha. A iniciativa partiu da senadora Leila Barros.
A cor lilás ou roxa inspira respeito e dignidade, mas também piedade, purificação e transformação. Segundo a parlamentar do Distrito Federal, a iniciativa tem o respaldo da bancada feminina. “Somos poucas, mas representamos as mulheres brasileiras com muita garra e orgulho. A Lei Maria da Penha foi uma grande contribuição do Congresso Nacional no enfrentamento à violência contra as mulheres. A iluminação do Senado é um gesto de que seguiremos batalhando para aperfeiçoar essa Lei que hoje é conhecida pela ampla maioria da sociedade brasileira e por mais ações que garantam a nós mulheres a igualdade de direitos que tanto almejamos”, disse Leila.
Ao justificar o pedido de iluminação especial, a senadora disse que o prédio do Congresso Nacional é reconhecido mundialmente. Ela também entende que estampar uma cor na fachada do edifício chama a atenção não apenas dos habitantes do Distrito Federal, mas de todo o país e das principais cidades do mundo. “As pessoas precisam se conscientizar da aberração que é a prática da violência contra as mulheres”, disse.
Lei Maria da Penha – 15 anos
A Lei Maria da Penha vem sendo atualizada constantemente para fortalecer o enfrentamento à violência doméstica. A senadora Leila foi relatora de duas modificações na legislação. Uma delas permite que delegados e policiais, em municípios onde não há juízes e Comarcas, possam afastar o agressor do convívio domiciliar com as vítimas de violência doméstica. A outra alteração relatada pela parlamentar brasiliense, prevê a apreensão imediata de arma de fogo em posse do agressor.
Leila também é autora de um projeto de lei para incluir a violência eletrônica na Lei Maria da Penha. “As tecnologias digitais trouxeram consigo muitos avanços mas, também, novas formas de violência. As mulheres são vítimas frequentes de perseguição, ameaças, exposição indevida executadas por meios eletrônicos”, explica a senadora Leila Barros.