A presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, senadora Leila Barros (PDT-DF), foi ao Rio Melchior averiguar as denúncias de poluição das águas e os impactos na saúde dos moradores da região. A população do local relatou uma série de problemas, incluindo febre, dor de cabeça, diarreia e mal-estar. Há suspeitas de que a poluição no Rio Melchior seja a causa desses sintomas.
No encontro, Leila coletou informações de primeira mão, ouviu os relatos dos moradores e reuniu dados técnicos que permitem uma avaliação mais precisa da situação para cobrar do Poder Executivo local ações para cuidar da população e preservar as águas.
“As denúncias são muito graves. Os moradores da região não têm a quem recorrer e se a situação não for resolvida teremos prejuízos para toda população do DF. O Rio Melchior deságua no Corumbá IV, um sistema de captação e tratamento de água que abastece as torneiras de mais de 1,3 milhão de moradores do DF e do Entorno”, avaliou a senadora que pretende levar esse debate para audiências públicas na Comissão de Meio Ambiente do Senado.
Há relatos dos moradores de que as margens do rio estão cobertas por lodo preto. Além disso, a comunidade reside aproximadamente a 800 metros dos pontos de despejo da estação da Caesb e do Aterro Sanitário.
A falta de água encanada e esgoto adequado na região também obriga as famílias a dependerem de poços artesianos, aumentando a exposição à possível poluição no lençol freático. Pesquisas realizadas pela Universidade de Brasília (UnB) e pela Câmara Legislativa (CLDF) têm destacado a poluição nas águas do Rio Melchior e identificado falhas no tratamento do esgoto, bem como os riscos associados ao Aterro Sanitário.