Um grupo de especialistas que apoiam a implantação da Política de Resíduos Sólidos no DF foi recebido, nesta quinta-feira (14,) pela senadora Leila Barros (PSB-DF). Eles apresentaram um projeto, para conscientizar a população do Distrito Federal a fazer em casa a coleta seletiva do lixo. Participaram da reunião os assistentes sociais, Jaira Pupin e José Carlos Aguilera, e chefe da Comunicação e Mobilização do SLU, Marcio Godinho.
O projeto Porta a Porta prevê que estudantes da Universidade de Brasília (UnB) e catadores vinculados às cooperativas que prestam serviços ao Serviço de Limpeza Urbana do DF (SLU) visitem casas do DF para ensinar como fazer a separação dos resíduos sólidos. Além da entrega de material impresso, também está previsto a elaboração de um aplicativo para esclarecer dúvidas e facilitar o contato com orientadores do projeto.
A senadora Leila Barros afirmou que a ideia é muito importante para garantir a destinação final ambientalmente correta para cada resíduo. “A coleta seletiva é indispensável para garantirmos a redução dos impactos ambientais e também colaborarmos com o trabalho dos catadores que dependem dessa separação para garantir o seu salário.”
Com fechamento do lixão da Estrutural, em janeiro de 2018, atualmente, o DF conta com o Aterro Sanitário. O espaço foi projetado para comportar 8,13 milhões de toneladas de rejeitos (materiais não reutilizáveis). A previsão de vida útil do Aterro é de aproximadamente 13 anos.
Para garantir que o tempo de vida útil do Aterro não seja reduzido, foram criados centros de triagem que processam os materiais recicláveis, com a colaboração das cooperativas de catadores. No entanto, é importante que esse processo comece em casa.
É preciso que cada família separe os lixos recicláveis (papel, plástico, papelão, metal, isopor, entre outros) para que o Serviço de Coleta e Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos Recicláveis dê a destinação correta aos materiais. Atualmente, a coleta seletiva é feita em 22 regiões do DF. Confira aqui o dia e horário da coleta em cada região.
A previsão é de que no período de oito anos mais de 2,6 milhões de visitas sejam realizadas pelos monitores do projeto Porta a Porta. Cada dupla de monitores (aluno da UnB e catador) realizará em média 20 visitas por dia, cinco dias por semana, o que significa 336 mil visitar por ano. O projeto, que ainda está em fase de estudos, não tem data para ser implementado.
Também integram o grupo idealizador do projeto Porta a Porta o diretor-adjunto do SLU e professor da Universidade de Brasília (UnB), Paulo Celso dos Reis, a assessora especial do SLU, Andrea Portugal, e a engenheira ambiental e coordenadora de Mobilização do SLU, Luana Sena.
Memória
Com quase 60 anos de atividade, o lixão da Estrutural estava localizado a menos de 20 quilômetros da Esplanada dos Ministério. Era considerado o maior lixão da América Latina. Em 2016, o último ano do pleno funcionamento, o local recebeu 830.055 toneladas de resíduos domiciliares – o equivalente a 3,3 mil vezes a capacidade total de carga do maior avião do mundo.
Por determinação do então governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, o lixão foi desativado depois de muitos estudos e debates com os catadores que trabalhavam no local. O solo da área não tem preparo e a área representava riscos ao meio ambiente e à saúde dos catadores e de toda a população do DF.