Marcha das Margaridas: mulheres unidas por igualdade e mudança

Esta semana, a capital do Brasil se torna palco de um encontro poderoso e inspirador de mulheres que não apenas caminham juntas, mas também elevam umas às outras, incitando grandes conquistas. A edição de 2023 ddo evento, a sétima na série, é marcada pelo tema “Pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver”. Desde sua criação, este movimento tem ocorrido quadrienalmente, e a estimativa é que este ano reúna cerca de 100 mil mulheres em Brasília.

Nesta terça-feira (15), o Senado promoveu uma sessão especial para prestar homenagem a esse movimento. Durante o ato, a senadora Leila Barros (PDT-DF) compartilhou sua jornada pessoal de inspiração após entrar em contato com a Marcha das Margaridas em 2016, quando ainda era secretária de Esportes do Distrito Federal. “As margaridas fortaleceram sua convicção na luta política. O movimento serve como inspiração para todas as meninas e mulheres do país. A mensagem que vocês deixam é que devemos continuar lutando. De coração, quero dizer que estarei aqui, sempre de portas abertas”, declarou a senadora.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou a recente Lei da Igualdade Salarial, sancionada no mês anterior, como uma conquista em direção à igualdade. Ela ressaltou como as mulheres marcham há décadas, lutando pela liberdade e contra a cultura de estupro e violência. A ministra reiterou seu compromisso em caminhar junto às trabalhadoras rurais e implementar políticas públicas que beneficiem as mulheres.

“Precisamos tirar o ódio que colocaram neste país. Precisamos de paz neste país. Precisamos de um país que respeite as mulheres e que saiba dialogar”, enfatizou a ministra, ecoando o anseio por um Brasil mais justo e harmônico.

Mazé Morais, a coordenadora da Marcha das Margaridas, expressou sua gratidão pela homenagem do Senado e ressaltou a diversidade das mulheres do campo e da floresta como o cerne da singularidade desse movimento. Para ela, a marcha é uma busca coletiva por igualdade e por uma maior representação feminina na esfera política. Ela deixou claro sua esperança de que as reivindicações das mulheres da Marcha das Margaridas sejam atendidas tanto pelo Senado quanto pela Câmara dos Deputados.

“Marchamos por soberania e por democracia popular. Não somos apenas milhares de mulheres em Brasília, mas milhões de mulheres no Brasil que lutam pela reconstrução do país e pelo bem viver”, afirmou Mazé, encapsulando o propósito nobre que impulsiona essas mulheres incansáveis.

A marcha

A 7ª Marcha das Margaridas reúne mulheres trabalhadoras rurais do campo e da floresta em busca de visibilidade, reconhecimento social e político e cidadania plena. A marcha é feita a cada quatro anos em agosto, mês da morte da sindicalista e agricultora Margarida Alves, assassinada na frente de sua família em 1983.