A Comissão Mista de Combate à Violência Contra Mulher (CMCVM) promoverá uma audiência pública, na próxima quarta-feira (11), para debater o feminicídio no Brasil. A reunião ocorrerá na Ala Alexandre Costa, Plenário 9, às 14h30, Anexo II, Senado Federal. A TV Senado também transmitirá o encontro pela internet por meio do Portal E-cidadania.
Por iniciativa da senadora Leila Barros (PSB-DF), a reunião faz parte de um ciclo de debates que analisará razões e causas do feminicídio. O objetivo da CMCVM é produzir relatório analisando e diagnosticando a questão, e encaminhar propostas para o enfrentamento do tema.
Irão compor a mesa de debates o promotor de Justiça Amom Albernaz Pires, a defensora pública e coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher, Dulcielly Nóbrega, a médica legista, Gioconda Honorato Nascimento, a socióloga e representante do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFemea), Joluzia Batista, e a delegada chefe da 6ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal, Jane Klébia do Nascimento Silva.
Dados sobre feminicídio
Levantamento feito pela Folha de São Paulo revelou que, em 2019, houve um crescimento de 7,2% no número de mulheres mortas vítimas de violência doméstica ou por sua condição de gênero. Foram 1.310 feminicídios em 2019, enquanto em 2018 o número chegou a 1.222. “A cada dia, três ou quatro mulheres são assassinadas no Brasil. Os dados são preocupantes e reforçam a necessidade de respostas rápidas e pontuais dos governantes”, reforçou. O Distrito Federal registrou, no ano passado, com cinco feminicídios a mais que em 2018. No total, foram 33 casos. Também houve crescimento nas tentativas, de 62 para 89 casos. 74% das tentativas de feminicídios foram dentro das residências das próprias vítimas.