Durante a reunião da Comissão de Meio Ambiente (CMA), a senadora Leila Barros (PDT-DF), presidente da comissão, expressou preocupação com os desafios impostos pela emergência climática no Brasil, particularmente em resposta aos recentes eventos no Rio Grande do Sul. “Não há mais espaço para o negacionismo científico”, declarou a senadora, enfatizando a necessidade urgente de políticas públicas eficazes que enfrentem os eventos climáticos extremos.
Leila Barros ressaltou a importância de preservar ecossistemas e repensar a ocupação de áreas de risco. “É preciso preservar as matas nas margens dos rios para minimizar os efeitos das chuvas intensas e proteger a vegetação de restinga para frear os efeitos das ressacas do mar,” disse ela, argumentando contra a flexibilização das normas ambientais.
“Preservar o meio ambiente não é um empecilho para o desenvolvimento econômico”, disse.
Senadora leila
Dados da Defesa Civil do Rio Grande do Sul indicam a gravidade das enchentes, com um saldo de 95 mortos e mais de 1,4 milhão de pessoas afetadas. A senadora destacou os desafios enfrentados pela população, como infraestrutura danificada e interrupções no fornecimento de serviços essenciais. “Que horrores como este sirvam para abrir nossos olhos. Que possamos cobrar ação daqueles que mais contribuíram para esta situação,” comentou Leila
A senadora Leila Barros ressaltou a previsibilidade crescente de eventos climáticos extremos, enfatizando que, embora as tragédias no Rio Grande do Sul sejam devastadoras, ‘não estamos sendo pegos de surpresa’. Ela destacou que há décadas cientistas alertam sobre os riscos associados às mudanças climáticas. Essa previsibilidade, segundo a senadora, exige uma resposta legislativa proativa que não apenas reaja a desastres, mas que também implemente medidas preventivas e sustentáveis para mitigar futuros impactos. “A adoção de políticas baseadas em evidências científicas é fundamental para a adaptação e a resiliência das comunidades diante dos desafios impostos pelo clima em constante mudança”, disse.
A senadora anunciou que fará parte da Comissão Temporária Externa criada pelo Senado para monitorar a resposta à calamidade no Rio Grande do Sul, reiterando a necessidade de legislação consciente e sustentável. “Cada projeto de lei aprovado deve ser analisado sob a ótica da sustentabilidade e da responsabilidade. Caso contrário, seremos coniventes com situações como a que vemos hoje”, afirmou.