Diante de uma crescente crise na saúde pública do DF com o aumento expressivo de casos de dengue, o Ministério da Saúde informou que a capital será priorizada na distribuição das primeiras 750 mil doses da vacina Qdenga. A confirmação foi feita nesta terça-feira (30) após um encontro entre a senadora Leila Barros (PDT-DF), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para tratar do avanço da doença nas regiões administrativas do DF.
A capital registra a maior incidência de casos no País a cada 100 mil habitantes. Essa estatística preocupante motivou a senadora Leila a pedir à pasta uma atenção especial aos brasilienses. Com mais de 29 mil casos confirmados em janeiro e três óbitos, o Governo do Distrito Federal decretou estado de emergência. Os hospitais públicos e particulares da cidade estão lotados de pessoas em busca de atendimento.
“Considerando que a média de casos de dengue em Brasília é 10 vezes maior que a média nacional, a sugestão é que o Distrito Federal seja priorizado na distribuição das doses da vacina Qdenga. Essa medida é crucial para conter o avanço da dengue na capital”, disse Leila.
A ministra da Saúde, Nisia Trindade, afirmou que a data exata em que a vacina contra a dengue será disponibilizada no mês de fevereiro permanece indefinida. Ela garantiu que o DF será priorizado na distribuição das doses, que ainda não começou devido à necessidade de tradução da bula para o português pelo laboratório responsável, a farmacêutica Takeda.
“Nós estamos em uma situação de muita preocupação aqui no Distrito Federal. A vacinação é uma prioridade. Ela nos dá esperança, mas não vai resolver a situação que nós vivemos hoje”, disse a ministra, que ainda ressaltou a necessidade de a população estar mais engajada na eliminação dos focos do mosquito dentro das residências.
O Ministério da Saúde vai disponibilizar o imunizante para 37 regiões de saúde que estão distribuídas em 16 estados e o Distrito Federal, priorizando aqueles com alta transmissão da doença e incidência do sorotipo 2 do vírus. Essa iniciativa abrangerá mais de 500 municípios e priorizará a imunização de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.