A Comissão Temporária sobre a Situação dos Ianomâmis aprovou, nesta quarta-feira (8), o seu plano de trabalho. O colegiado prevê duas viagens ao estado de Roraima, para ouvir a população afetada pela crise humanitária e autoridades locais. As diligências incluirão visitas ao Hospital de Campanha de Surucucu, à Casa de Saúde Indígena e ao Hospital da Criança de Boa Vista. O objetivo é identificar os principais problemas sociais, de saúde pública e ambientais na região.
Também foram aprovados requerimentos dos senadores Humberto Costa (PT-PE), Eliziane Gama, Leila do Vôlei (PDT-DF) e Zenaide Maia (PSD-RN) que incluem novas diligências e novos convidados para audiências públicas. Outro requerimento aprovado determina que todas as atividades da comissão sejam documentadas pela TV Senado.
De acordo com o plano de trabalho aprovado, serão ouvidos em audiências públicas representantes dos ianomâmis, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), da Missão Evangélica Caiuá, da Procuradoria-Geral da República em Roraima, da 6ª Câmara da Procuradoria-Geral da República (que trata de populações indígenas e tradicionais), e do Instituto Socioambiental (ISA).
Também serão ouvidos representantes da Cooperativa de Extrativismo Minero Artesanal de Roraima, da Cooperativa de Garimpeiros de Roraima, da Associação Nacional do Ouro (Anoro) e do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Títulos de Valores Mobiliários no Estado de São Paulo (Sindival).
A comissão também vai ouvir em audiência pública representantes dos seguintes ministérios: Povos Indígenas; Direitos Humanos; Saúde; Meio Ambiente; Justiça e Segurança Pública; Minas e Energia; Fazenda; e Defesa.
A comissão temporária foi criada para acompanhar, em Roraima, a situação dos ianomâmis e a saída dos garimpeiros de suas terras. O prazo de funcionamento é de 120 dias. Criada inicialmente com cinco membros, a comissão teve o número de integrantes aumentado para oito.
Com informações da Agência Senado