Mantendo a tradição, o Grupo Bandeirantes promoveu o primeiro debate entre os candidatos ao governo do Distrito Federal. Neste domingo (7), estiveram reunidos no estúdio da emissora seis candidatos a assumir o posto mais alto do Poder Executivo da capital do País. Em um formato dinâmico, envolvendo perguntas dos jornalistas e questionamentos entre os candidatos, cada postulante precisou correr contra o relógio para expor suas ideias.
Primeira mulher eleita senadora pelos brasilienses, a senadora Leila Barros apresentou propostas para melhorias nos serviços públicos das cidades. A educação foi um dos temas abordados. Ela destacou que a pandemia ampliou os índices de evasão escolar no Distrito Federal e escancarou a disparidade entre o ensino privado e o público. “Nós vamos investir na busca ativa desses jovens. Temos que identificá-los e atraí-los para o ambiente escolar, que também precisa ser modernizado. Além de investir na infraestrutura, queremos priorizar a construção de creches e o ensino técnico na capital”, afirmou.
A senadora também apresentou proposta para enfrentar a violência em ambiente escolar, que frequentemente ocupa espaço no noticiário da cidade. “No nosso governo, vamos fortalecer o Batalhão Escolar. A segurança tem que estar também fora da escola, protegendo esse ambiente escolar”, garantiu.
Alvo de críticas dos brasilienses, o sistema de mobilidade pública do Distrito Federal precisa valorizar o transporte de massa segundo apontou Leila. “No nosso governo vamos fazer a expansão do metrô para o Gama, para Santa Maria e construir o da Asa Norte com uma conexão de monotrilho para Sobradinho e Planaltina. Os governantes precisam andar de ônibus e sentir o que a população vive diariamente. Os ônibus estão lotados. Muitos quebram constantemente, outros não passam nas paradas de ônibus. O transporte público do DF é completamente ineficiente”, criticou a candidata.
Os casos de violência doméstica e feminicídios também foram debatidos pelos candidatos. Leila afirmou que é preciso mudar radicalmente a política pública de proteção às mulheres. “O número de feminicídio e de violência doméstica na pandemia cresceu drasticamente. O DF hoje convive com a falta de casas-abrigo para as vítimas. É preciso acolher essas vítimas e oferecer oportunidades para que elas consigam quebrar o ciclo de dependência e violência no ambiente familiar”, disse.
Geração de emprego e renda
Com uma economia dependente do serviço público, Leila apontou a necessidade de o Governo do Distrito Federal apoiar os micro e pequenos empresários. De acordo com a candidata, a proposta para o seu governo será a criação de uma Agência de Desenvolvimento dentro do BRB para apoiar este segmento. “Vamos ampliar a oferta de crédito para que esses empresários invistam nos seus negócios e ampliem o número de contratações. Os micro e pequenos empresários são os principais responsáveis por gerar vagas de emprego”, declarou.
A senadora também pontuou que para combater o desemprego na capital o seu plano de governo envolve a qualificação dos jovens com um ensino técnico de qualidade e apoiar o setor da construção civil.
Centro Administrativo
As obras do Centro Administrativo do Distrito Federal (Centrad) foram concluídas em 2014, mas o complexo nunca entrou em funcionamento. Com mais de 182 mil metros quadrados, quatro edifícios com 15 andares e dez com quatro andares, 3 mil vagas de estacionamento, o espaço foi pensado para abrigar, em um único local, a sede do governo do Distrito Federal e seus servidores. O problema vem se arrastando, mas pode ser resolvido segundo Leila Barros.
Para a candidata, primeiro é necessário sentar à mesa com a Caixa Econômica, o Ministério Público e as empreiteiras para debater o impasse jurídico. Vencida esta etapa, Leila garantiu que levará o os servidores do GDF para o espaço. Outra proposta apresentada pela senadora é alocar no espaço a Universidade do Distrito Federal. “O projeto inicial está sendo pensado para alocar a universidade no Lago Norte, mas entendo que precisamos levar este projeto para as regiões administrativas que mais precisam. No Centrad, a Universidade do DF ficará próxima de Taguatinga, Ceilândia e Samambaia”, disse.