A senadora Leila Barros (PSB-DF) se pronunciou, na sessão plenária desta terça-feira, para repudiar declaração de Flávio Bolsonaro (Republicanos -RJ) durante a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, instalada na manhã desta terça-feira. Ele apontou a ausência de uma mulher na composição do colegiado e declarou que as senadoras pareciam “não se empenhar” em integrar a CPI.
“Diferentemente de alguns, a Bancada Feminina não é negacionista. Nós acreditamos na ciência, no uso de máscaras, no distanciamento social e apoiamos as medidas de combate à pandemia”, disse Leila. “A bancada, apesar de ter cadeira entre os titulares e suplentes da CPI, acompanhará os trabalhos e atuará de forma permanente junto àquele Colegiado, mesmo que seja remotamente.”
A líder da bancada feminina no Senado afirmou que não se pode admitir, como aconteceu na fala infeliz de um senador da República. “Nós, mulheres, estamos nessa luta há mais de um século, o que nos permite distinguir, como ninguém, comentários respeitosos de ironias desrespeitosas, como aconteceu hoje pela manhã. Sabemos que infelizmente a ironia está de mãos dadas com a misoginia. Não há e jamais houve qualquer tipo de conformismo da bancada feminina com tudo que estamos passando no país e o que estamos vivenciando — afirmou Simone.
A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) também interpretou a declaração do senador como uma ironia. “Eu queria dizer ao senador Flávio que eu acho que ele não estava presente quando eu falei, ou pelo menos ele não olhou para trás, que eu estava aqui como mulher participando presencialmente. Aliás, eu disse isto no início: apesar de não haver mulher como membro especificamente da comissão, eu estarei aqui em todas as reuniões da CPI”, disse Eliziane.
Com informações da Agência Senado