Uma comitiva de parlamentares japoneses, liderada pela presidente da Câmara dos Conselheiros, Akiko Santō, esteve no Senado Federal, nesta sexta-feira (10), para estreitar as relações parlamentares entre Brasil e Japão. A senadora Leila Barros (PSB-DF) recebeu o grupo na Presidência do Senado junto com os senadores Paulo Rocha e Acir Gurgacz.
A presidente da Câmara dos Conselheiros, o equivalente ao Senado no Brasil, abriu o encontro destacando os 60 anos de sólida relação parlamentar entre os dois países. Akiko Santō disse ainda que a senadora Leila pode ser uma ponte para estreitar as relações entre os dois países em 2020, ano em que é celebrado os 125 anos das relações diplomáticas entre Brasil e Japão e que será realizado, em Tóquio, os jogos olímpicos.
O Brasil abriga atualmente a maior comunidade de descendentes japoneses no exterior, com cerca de 2 milhões de habitantes, e o Japão possui a terceira maior comunidade brasileira fora do País, cerca de 200 mil pessoas. Esses dados, de acordo com a senadora Leila, reforçam os laços de amizades entres os dois países. “A cooperação bilateral tem potencial para ser expandida para áreas como esporte e meio ambiente, além, é claro, do desenvolvimento científico e tecnológico fundamental para crescimento da nossa economia”, afirmou.
A comitiva japonesa contou aos parlamentares brasileiros que o país asiático deseja ser líder em energia renovável em seu continente. Após o terremoto que causou o acidente nuclear na Usina de Fukushima, a temática do desenvolvimento sustentável ganhou força no País. No Brasil, a energia hidroelétrica é a principal fonte de energia utilizada para produzir eletricidade no país. Atualmente, 90% da energia elétrica consumida no Brasil advém de usinas hidrelétricas. O Brasil também está expandindo seu potencial de captação de energia eólica e solar.
Integraram a comitiva japonesa o embaixador Akira Yamada e os membros da Câmara dos Conselheiros do Japão: Hiroshige Seko, Hiroyuki Nagahama, Makoto Nishida, Mitsuko Ishii e Mikishi Daimon.
Descontração política
Durante as conversas, a comitiva japonesa perguntou sobre os desafios do sistema bicameral brasileiro. Os parlamentares brasileiros explicaram que é preciso aperfeiçoar o tempo que cada uma das casas (Câmara e Senado) têm para analisar propostas. Habitualmente, os deputados brasileiros trabalham podem analisar as proposições com mais calma, enquanto os senadores lidam com prazos curtos. Quebrando a seriedade do encontro, os conselheiros japoneses riram e disseram que a mesma situação ocorre no Parlamento do Japão.