Leila rejeita proposta que tiraria de Paulo Freire o título de patrono da educação

A senadora Leila Barros (PSB-DF) rejeitou a SUG 27/2019, que previa a revogação da Lei 12.612, que institui Paulo Freire patrono da educação brasileira. O parecer desfavorável da relatora foi aprovado nesta Quinta-feira (5) na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal. Com isso, Paulo Freire permanece como Patrono da Educação Brasileira.

Em seu relatório, Leila ressalta que cerca de 40 milhões de brasileiros iletrados foram alfabetizados pelo o método Freire. “Seu método representa, ainda hoje, para a educação não só nacional, mas também a dos diversos países onde foi adotada, a inserção nos programas de alfabetização e de conscientização para o exercício da cidadania”, afirma a senadora do Distrito Federal.

Senadora Leila participa de comissão no Senado. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Leila lembra, ainda, que a proposta de Paulo Freire para a educação permite a emancipação consciente do sujeito, onde a relação entre alunos e professores se baseia em trocas humanizadas e dialógicas. “Ou seja, o conhecimento de todos os envolvidos no processo educativo é valorizado”, explica.

Ao contrário do que afirmam os autores da Sugestão, o método Paulo Freire, em todas as avaliações internacionais, é reconhecido, admirado e respeitado. Por essas razões, a senadora Leila defendeu que Paulo Freire permaneça como Patrono da Educação Brasileira.

Sugestão Legislativa

Qualquer cidadão pode enviar Ideias Legislativas para criar novas leis ou alterar as normas atuais. Basta se cadastrar no Portal E-cidadania. A ideias que, no fim de quatro meses, recebem 20 mil apoios são encaminhadas para a CDH e formalizadas como Sugestões Legislativas (SUG). Elas são analisadas pelos parlamentares, podendo ser aprovadas ou rejeitadas.